A poesia solidão forçada, que fiz alguns meses após o nascimento de meu filho ao mesmo tempo transmite um sentimento ruim, de solidão, por não ter tido contato há muito tempo, com pessoas que eram importantes para mim, mas ao mesmo tempo traz uma imensa paz, pois o meu filho modificou totalmente a minha vida: tornou-me mais madura, mais seletiva, fez-me ver mundo com mais clareza, fez-me mergulhar com mais força e vontade na carreira do magistério, para aprender mais (por ele), para ensinar melhor (também por ele). Pois quando entro em uma sala de aula, procuro ser para os meus alunos a professora que imagino que meu filho gostaria de ter.
Espero que gostem dessa:
Poesias de minha dor
Solidão (27/08/2009)
Solidão não buscada,
Nem tão pouco desejada,
Que simplesmente chega e arrasa
O meu pobre coração.
Por mim não foi esperada,
Nem o momento a aguardava,
Pelo contrário eu sonhava
Com muitos ao meu redor.
A chegada de uma criança,
Sempre traz muita esperança,
Traz amigos de infância,
Pessoas de muita importância!
Lembranças, muitas eu fiz,
Mas nem tudo saiu como eu quis,
Pois algo estranho aconteceu,
Nem meu melhor amigo apareceu.
Depois que meu filho nasceu,
Não sei o que se perdeu,
Muitos de mim se afastaram
“E muita dor me causaram”.
Mas existem momentos em nossa vida
Que tudo fica claro como o dia
E você percebe que seu amigo era o que te sacudia
E não o que para você sorria.
E que algumas pessoas que você mal notava
Eram as que contigo se importavam.
E que alguém que você já tinha esquecido,
Surge para mostrar que ainda é seu amigo.
Solidão! Está é a pior de todas:
Estar cercado por pessoas,
Que te fazem sentir-se só,
Ou que te tratam bem por “dó”!
E que inventam mil desculpas,
Para justificar muitas coisas,
Como não estar contigo
Quando você precisa de ajuda.
Ou então, para explicar
O fato de não te chamar
Para ir em algum lugar:
“Você tem o seu menino, pensei que não fosse aceitar!”
Pois digo: Graças a Deus eu o tenho!
Foi ele quem me fez ver
Que algumas pessoas se mostram
O oposto do seu verdadeiro ser.
Com a chegada do meu filho,
Muita coisa em mim mudou,
Perdi minha liberdade,
Mas sozinha não estou.
Ele é quem está comigo,
Na alegria ou na dor,
Ele é o meu menino!
E tem todo o meu amor!
E é por este ser tão pequenino
Que me faz sentir entre um milhão
Que eu expulso de minha vida
Esta não desejada solidão!
Eu te amo, meu filho, minha pequena paixão,
Que deu novos rumos a minha vida,
Que aqueceu meu coração
Que expulsou de minha vida o que me restava de ilusão!
Maria Aparecida Freitas Santos, professora.
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